Benfica - Portsmouth





4-0


Agora, vamos falemos um pouco sobre o ano passado.

No ano passado, havia dois construtores do jogo do Benfica. Eram Quim e Luisão.



Qualquer jogo do Benfica era mais ou menos assim:

Pontapé de baliza convertido por Quim; a bola andava a saltitar de cabeça em canela até chegar aos pés de Luisão; Luisão bombeava a bola, o que gerava um contra-ataque da equipa adversária. Dava em pontapé de baliza para o Benfica, que Quim voltava a converter.

O que se vê nesta equipa de Jesus (o treinador) é futebol apoiado, movimentações constantes e acima de tudo, objectividade na construção ofensiva do jogo. A objectividade que substituiu a precipitação atacante a que assistimos no ano passado.

Dá gozo ver o Benfica a utilizar toda a largura do campo, com os laterais e os avançados a criarem movimentos de ruptura; movimentos que são aproveitados pelos centro-campistas para criarem passes de ruptura. Até parece que é fácil.

Claro, já sei. Ganhámos por 4-0 porque o adversário era fácil, não jogava nada e por aí fora. Todos sabemos que o Benfica nunca ganha com mérito, por isso, porquê insistir?
Talvez porque desta vez estamos a jogar à bola, porra! E aposto que o máximo que o Benfica do ano passado arrancava a este mesmo Portsmouth era um confrangedor 0-0 após exibição sofrível... e sofrida.

Jesus (o treinador) opta invariavelmente por fazer o que está certo:

-Coloca Aimar a jogar na sua posição. E, surpresa das surpresas, o Aimar sabe jogar à bola.



-Di Maria tem um rendimento inconstante, mas está sujeito a resolver um jogo. Jesus (o treinador) pôs o puto ranhoso a jogar mais para a equipa; a prová-lo, as duas assistências para golo no jogo de hoje.


-O ano passado, o Suazo é que era bom. Corria que se fartava, dava uma trabalheira enorme às defesas contrárias e marcou quatro golos no campeonato do ano passado. O pobre do seu substituito, Óscar Cardozo, marcou apenas 17.
Jesus (o treinador) decidiu dar uma última hipótese ao pouco influente gigante paraguaio e não é que, surpresa das surpresas, marcou mais dois golos. E não é que o lento, pesadão e inútil Óscar afinal é um jogador com visão de jogo e de uma finíssima inteligência para a coisa?



-Há uma palavra para definir David Luiz nesta pré-época: Classe.
Hoje, Jesus (o treinador) pô-lo a jogar a lateral esquerdo. Não temam, caros benfiquistas, a razão é simples. O Sidnei tem de rodar, o Sepsi já se foi e o Schaffer vai jogar amanhã com o Guimarães.



-Só há uma coisa que me deixa preocupado; a lesão do grande lutador, Maxi Pereira. Exemplo de profissionalismo e dedicação, talvez tenha sofrido pela carga excessiva de jogos que tem feito. Mas quem é que pode negar-lhe a presença em campo? O homem é uma máquina.
A lesão de hoje cheira-me ao pior, pode ter sido uma rotura num dos ligamentos cruzados do joelho. Mas isso nem o nosso treinador pode impedir, uma vez que se trata apenas de Jesus... o treinador.
Que não seja grave, grande Maxi. Tu és um dos pilares da equipa.


E viva o Benfica!

2 comments:

Miguel M. disse...

Grande jogo, grande vitória e acima de tudo, grande equipa.
Este ano não vês o Aimar com lesões, pelo contrario, vês o Aimar a jogar um jogo inteiro e sempre a pedalar. O Carlos Martins até sabe jogar à bola, o Weldon parece ser um bom atleta para entrar numa 2ª parte e o Cardozo passou a ser o "El Matador". Vês Chaves... há um ano que ando a dizer-te que o Cardozo é bom mas tu sempre dizias que o Suazo é que era. Bem te avisei. Aprende com quem sabe!!

Quantum disse...

Ah ah ah! É isso, é.
Mas viste, o Carlos Martins lá fez a assistência para o golo do Weldon que, concordo contigo em absoluto, é um bom atleta - lá rápido é ele ;-)
Mas além do golo apareceu em zona de finalização duas vezes, o que sinceramente deixou-me confiante.
Não vou dizer que vamos ser campeões, mas pelo menos este ano vai dar gozo ir ao estádio ver os jogos. Futebol a sério, que saudades.

Grande Abraço!