Mais do mesmo

Quem frequenta o meu blogue já sabe que se sujeita a, de repente,
deparar-se com coisas de baixo nível e mau gosto.

Estou consciente do facto, mas não consigo evitar.

Imaginei, assim ao acaso, um jantar de gente fina.
Estava um ambiente pesado à mesa, ninguém conhecia muito bem os outros e toda a gente
tentava manter a compostura.

Eis se não quando, e no meio do silêncio, um dos convivas larga inadvertidamente um longo e sonoro traque.

Após alguns segundos de estupefacção, os restantes convivas à volta soltaram um risinho contido.

Um deles, o mais simpático, ficou aliviado com o "quebrar do gelo" proveniente dos risos e, inadvertidamente, soltou a seguinte frase:

-Finalmente, uma lufada de ar fresco.


Ao que outro conviva, também inadvertidamente, responde:

-Até que enfim, alguém interrompeu o silêncio.
-Obrigado. Assim já se respira melhor.

-A quem o diz. A ocasião merecia um foguete.
-Um morteiro, amigo. Para animar a malta.


O diálogo foi interrompido pelo senhor à cabeceira, pois julgou que estes dois convivas estavam a gozar com o conviva do traque.
Achou por bem acabar ali a conversa, exclamando inadvertidamente:

-Acabem lá com a conversa, que já cheira mal...

4 comments:

Miguel M. disse...

Pelo comentário "Anónimo" que falava em lufada de ar fresco quer dizer que, quem soltou o traque desta vez, foste tu!

Um abraço

Joshua disse...

Mais valia um daqueles "silenciosos"!!! :)

Quantum disse...

Talvez, MM. Mas hás-de reparar que não chamei os bois pelos nomes. A não ser há duas frases atrás.

:-)

Quantum disse...

Joshua, se fosse silencioso não havia história...
E as histórias são os nossos veículos para outros mundos, outras situações.

:-)