E, já agora...

... mais este, que está a dar-me para fazer vídeos estúpidos.



E mais do mesmo outra vez

Ora pois...

Tomem lá mais do mesmo...

Mais ou menos.

A arca de Noé






Certo dia, enquanto Noé estava sentado à lareira, surgiu do nada uma luz na sala da sua casa; era Deus nosso Senhor que lhe queria falar.

O Todo-poderoso disse-lhe:

- Noé, estou desapontado com o homem. Por isso, quero que construas uma arca gigante.
- Senhor, que mal fiz eu para merecer esse castigo?

- Ouve-me até ao fim. Vais construí-la tu e a tua família.
- Também estás desapontado com eles?

- Não, Noé...
- Não os faças pagar pelos meus pecados, castiga-me só a mim, rogo-Te que...

- Porra, Noé, ouve e cala-te! Decidi lançar sobre a terra um dilúvio para a limpar. Só quem estiver na Arca é que se salvará.

- Ah, já percebi. E para que pessoas é a arca?
- Para ti e para a tua tua família.

- Muito obrigado, Rei dos reis. Mas nesse caso, posso fazer uma arca mais pequena?
É que ando mal das costas, já ando na casa dos 600 anos e não somos assim tantos lá em casa...
- Não, tem de ser gigante, para transportares um casal de cada espécie animal.

- Os animais também te desapontaram?
- Não. Mas quando o dilúvio começar, nem Eu o páro.

- E se usasses outro tipo de castigo? Que tal uma trovoada em que os relâmpagos só acertem nas pessoas?
- Não, Noé. A decisão está tomada.

- Não quero insistir, mas pensa bem, meu Deus. Já viste os animais que poupavas, já para não falar da água?
- Poupava na água, gastava na electricidade.

- Faz sentido.
- Claro que faz sentido. Deus não te daria uma missão tão séria se não tivesse ponderado tudo.

- Portanto, é para levar um casal de cada animal?
- Sim.

- Casais de peixes, também?
- Peixes?

- Sim, peixes e outros animais marinhos; estrelas do mar, ameijoas...
- Ó Noé, esses não é preciso, não achas? Já vivem dentro de água!

- Eu sei, meu Deus. Mas se esse dilúvio é tão arrasador, poderá sem querer exterminar um animal com as correntes de água.
- Onde queres chegar?

- Só queria reforçar que a ideia da trovoada era capaz de ser mais precisa, e...
- ARRE, ousas questionar Deus, o teu Senhor? Constrói mas é a arca que te mandei e pelo amor de Mim, FECHA A MATRACA!!

- Sim, Senhor, meu Deus! É para já!
- VOU-TE ENVIAR UMA LISTA COM OS ANIMAIS DESTINADOS À ARCA! ENTRETANTO, COMEÇA A CONSTRUÇÃO E O PLANEAMENTO LOGÍSTICO DO EMPREENDIMENTO. E NEM MAIS UMA PERGUNTA, SE NÃO SENTIRÁS A MINHA IRA!

E com isto, a Luz de Deus desapareceu suavemente.
Pouco depois, entrou a esposa de Noé pela porta da sala:

- Que gritaria foi esta? O teu patrão veio cá a casa?
- ... Mais ou menos. Pega num serrote e vamos cortar árvores, conto-te pelo caminho.

- Serrote? Árvores?
- Sim, faz o que te digo. E ó mulher, já agora...

- Diz, Noé?
- Sabes se as moscas voam à chuva?




O tempo foi passando e Noé construiu a arca. O Dilúvio estava quase a chegar.
Os animais começaram a aproximar-se da rampa de entrada na arca, par em par, como se um poder divino os tivesse atraído.

De acordo com o plano de organização, Noé colocou o seu filho Sem na triagem.

A triagem era um processo simples; antes de um casal de animais subir a rampa para a arca,
Sem verificava se um tinha pénis e se o outro tinha vagina, de forma a poderem procriar.
Depois, de forma a que o seu pai o ouvisse no alto da rampa, Sem gritaria o nome dos animais que subiam.

Quando os animais chegassem a Noé, este riscava-os da lista para evitar duplicações; o processo terminava quando a esposa de Noé levava os bichos para os respectivos aposentos.

A triagem começou, e Sem gritou:
- Dois cães, um com pila e outro sem, a subir a rampa!

Quando chegaram ao cimo da rampa, Noé riscou-os da lista e disse:
- Confere. A minha esposa vai levar-vos aos vossos aposentos.

E assim ela fez.



Sem voltou a gritar:
- Dois leões, um com pila e outro sem, a subir a rampa!

Noé riscou-os da lista e disse:
- Confere. A minha esposa vai levar-vos aos vossos aposentos.



Sem gritou novamente:
- Duas gazelas, uma com pila e outra sem, a subir a rampa!

Noé riscou-os da lista e disse:
- Confere. A minha esposa vai levar-vos aos vossos aposentos.



Sem voltou a gritar:
- Duas hienas, uma com pila e outra sem, a subir a rampa!

Noé riscou-os da lista e disse:
- Confere. A minha esposa vai levar-vos aos vossos aposentos.



Nisto, interrompe a esposa de Noé.

- Noé, há mais gazelas?
- Não sei, porquê?

- É que tenho arrumado os animais a eito, e mal meti as gazelas ao lado dos leões, os leões comeram-nas.
- Ó raios ma partam, mulher! Não leste as instruções?? Carnívoros com carnívoros, herbívoros com herbívoros!

- Ó Noé, são muitos animais e não me consigo lembrar de tudo!
- Poças, pá, acorda! Raios ma partam!

Noé gritou para Sem:
- Ó Sem, há mais gazelas?
- Não sei, vou dizer ao Cam para procurar!

- O Cam vai procurar... Para teu bem, mulher, espero que haja. Leva-me daqui estas hienas!

Noé continuou a resmungar sozinho, até ouvir outra vez a voz de Sem:
- Ó pai, tenho aqui dois animais, mas algo não bate certo!
- Raios partam, o que foi agora?

- O desenho diz que são elefantes, mas são esquisitos...
- Estou a vê-los, são como Deus os fez! Manda-os subir, que já estamos a ficar atrasados!

- O pai é que sabe! Dois elefantes, um com duas pilas e outro só com uma, a subir a rampa!
- Ó estúpido, as trombas não são pilas! Manda-os subir!

Os elefantes subiram a rampa, Noé riscou-os da lista e disse:
- Confere. A minha esposa vai levar-vos aos vossos aposentos.

Nisto, interrompe a esposa de Noé:
- Noé, há mais leões e hienas?

- Mau. O que foi agora?
- Então, já que o quarto das gazelas estava livre, pus lá as hienas. Só que começaram à pancada com os leões e não sobrou nenhum.

- Nenhum leão?
- Nenhum leão e nenhuma hiena, deram cabo uns dos outros.

- Ó minha granda besta, então e não sabes que as hienas e os leões são inimigos mortais?
- “Carnívoros com carnívoros”! Foi o que disseste, foi o que fiz!

- Olha, lê mas é a lista com atenção e leva mas é daqui os elefantes!
- Está bem.

- E não os ponhas ao lado dos ratos!!
- Está bem, está bem!!

Noé pensou para os seus botões que, por este andar, a terra já estaria seca quando acabassem. Mas cedo afastou de si esse pensamento; concentrou-se na sua tarefa, e gritou para Sem:

- Pede ao teu irmão Cam para procurar também um casal de leões e outro de hienas!
-Está bem!

- E não pares, se não nunca mais daqui saímos!
- Eu não quero parar, mas isto está cada vez mais estranho!

- Ai a minha vida... Despacha-te!
- Como queiras! Dois caracóis, cada um com duas pilas, a subir a rampa!

- Pelas barbas do meu avô, Sem! Não são pilas, são os olhos deles!
- Olha, seja como for, estão a subir!

Noé esperou longos minutos, até voltar a gritar a Sem:
- Manda subir os próximos, que os caracóis nunca mais cá chegam!
- Certo! Dois ursos polares a subir... Espera, pai, os dois têm pila!


- XIÇA, Só faltava esta! Tens a certeza?
- Com estas confusões todas já não sei, mas acho que sim!

Noé, tentanto conter a ira, respondeu:
-Manda subir os dois, trato disso cá em cima!

Enquanto os ursos polares subiam a rampa, um deles pisou inadvertidamente um dos caracóis.

Noé viu o pobre animal a ser esborrachado e ficou vermelho de fúria; num acesso de raiva atirou a lista de animais ao chão e espezinhou-a, desatando a esbracejar e a berrar asneiras que não me atrevo a reproduzir.

Entretanto, os ursos polares chegaram ao pé dele.

Noé recompôs-se e ajoelhou-se. Não para rezar, mas para ver os genitais dos respectivos animais. Apanhou a lista do chão, voltou a conferi-la, e disse aos ursos:

-Pois, parece que houve uma falha na comunicação. Preciso que um de vós volte ao... – conferiu a lista outra vez - ...ao Pólo Norte e que diga a uma fêmea para vir cá. Para castigo, vai o que pisou o caracol.

O infeliz Urso Polar fez meia volta e começou a longa caminhada até ao Pólo Norte.
Entretanto, o caracol sobrevivente chegou ao cimo da rampa e Noé olhou, desolado, para o caracol solitário:

- Ora deixa cá ver, “caracol”. “Caracol”, letra “C”...

Continuou a ler a lista:

- “O caracol é um animal hermafrodita.”

Ao ler a boa notícia, exclamou:

- Ao menos esta correu bem, afinal não são precisos dois! Deixa cá ver qual é o próximo... “Caracoleta”?

Foi quando Noé reparou na casca verde da caracoleta esmagada na rampa.

Vermelho de raiva e a perder o controlo, voltou a atirar a lista ao chão e a espezinhá-la freneticamente; esbracejou ainda mais e berrou asneiras ainda mais feias do que as anteriores.

Nisto, interrompe a esposa de Noé.

- Então, homem, compõe-te.

- Ó mulher, isto há dias...
- Eu sei, querido. Pior, só se chovesse.

- Estás a gozar comigo?
- Ups! Não, desculpa! Foi só uma má escolha de palavras, juro!

Noé, recomposto, continuou a fitar a esposa com um ar frio e desconfiado. Apanhou a lista do chão e, sem qualquer emoção na voz, disse:
-Bom, vamos continuar. Leva o caracol lá para dentro.

-Qual caracol?
-O que está no chão.

-Não vejo nenhum caracol.
-Poças, deve estar aos teus pés!

-Ó homem, vê com os teus próprios olhos se há algum caracol no chão!
-Mas ainda agora aqui estava! Não o pisaste, pois não?

-Eu não!
-Onde é que ele se meteu?

- Ó Noé, estás constipado?

- Que raio de pergunta... Não, porquê?
- Dá a ideia que espirraste em cima da lista, está cheia de ranhoca.

Noé contemplou os restos mortais do caracol na lista espezinhada e gritou para Sem:

- Sem, diz ao Cam para procurar também um caracol e uma caracoleta!




Incrivelmente, o resto do dia correu sem grandes sobressaltos; logo chegou a hora de fechar a arca.
Noé ultimava os detalhes finais:

- Sem, é hora de fechar! O casal de dragões e o casal de grifos já apareceram?
- Não, pai!

- Paciência, ficam em terra.

- Chegou o urso polar que faltava, pai!
- Ah, finalmente. Manda-a subir.

- Só restam dois casais.
- Ó diabo, isso é que é mau. Só tenho lugar para mais um.

- São tigres dentes de sabre e dodós.
- Manda subir os dodós. Esses, ao menos, suponho que não se vão extinguir. E sobe tu também, que começou a chover.







* Terminada a história, uma nota de rodapé.
Segundo a bíblia, Noé morreu com 950 anos e tinha 600 anos quando construiu a arca.
Por essa altura, o seu filho Sem tinha 98.
O outro filho, o Cam, castrou o pai, sodomizou-o e fez amor com a própria mãe.

Se isso é verdade, a minha história também é.

Ainda hoje

... falei desta merda, perdão, deste blog, e decidi vir cá fazer uma visitinha.
Isto tem andado parado, chiça!

Volto cá daqui a pouco tempo.

Para já, deixo-vos com a minha obra-prima em segundo grau.
Já que o postei em todo o lado, mais vale ficar aqui também, né?

Até já


Linda

Lou Reed - Sessão de autógrafos from Estoril Film Festival on Vimeo.


Linda, linda, linda, linda!

Hiato

Não só é uma pausa, como também é o músculo que separa o esófago do estômago e no qual tenho uma hérnia.

Findo o hiato (temporal), anuncio que hoje começou uma parceria bloguista (que espero que não morra também hoje) com uma das melhores mentes criativas que tive o previlégio de conhecer.
O meu amigo de sempre, Pedro Barata.

Ainda está muito no início e ainda não sabemos muito bem o que vai ser (aqui acho que posso falar por ele), mas logo se verá.

Ainda agora começou, está a dar os primeiros passos, mas podem encontrá-lo aqui.

Obrigado a todos e visitem-nos...

Onde estão as minhas maneiras?

Tinha prometido agradecer o título do SLB a Domingos Paciência e, como tal, toca a cumprir.
Devo até dizer que descobri muito sobre este grande homem enquanto escrevia sobre ele.



Dou ao texto o título nada original, mas mais do que apropriado...

Domingos, paciência.

Como começar?
Comecemos pelo "fim". Numa volta tipicamente cinematográfica com adaptação para blogue, quero começar com as últimas declarações conhecidas de Paciência até à data:

"Há uma grande diferença em termos de orçamento e, além disso, o Benfica jogou um terço do campeonato contra 10... Foram muitas desigualdades"


*ndr: Honestidade intelectual não tem preço*

-Há quem critique Paciência pelo teor destas palavras, eu louvo-o.
É um homem que estuda os números e não tem medo de expor a verdade matemática; o Benfica esteve de facto 420 minutos deste campeonato a jogar contra dez, num total acumulado de 4,6 jogos.
Todos sabemos que o campeonato nacional tem 13,8 jogos e que expulsões em equipas que jogam contra o Benfica nunca são justificadas.
Paciência é apenas um entre 100 mil que sabe ver as coisas como elas são, sem cortinas de fumo.

E onde aprendeu Paciência esta forma imparcial de estar e de ver as coisas?



-Foi no FCP que Paciência aprendeu a jogar futebol. Num clube honrado, exemplar a todos os níveis, um clube tão pobre que ao invés de dinheiro tinha de pagar em géneros - os tão falados mas muitas vezes mal conotados "Fruta", "Chocolatinhos", e "Café com leite".

Com uma dieta de meloas e bonbons que lhe aqueciam o ventre, Paciência jogava.
Ao mesmo tempo que caía na grande área, vítima de ataques atrozes (porque nunca simulou), sonhava um dia ver a ser um treinador campeão.

Na sua caminhada, começa por treinar o Leiria. Nesse ano, Ricardo Quaresma, jogador do FCP, agrediu à cotovelada um dos seus jogadores. Más línguas terão afirmado que ele disse "não ter visto por estar a olhar para o chão". Pura mentira.

O momento foi captado, e podemos ver Paciência chocado e desgostoso com a bárbara cotovelada. A mesma não consta da imagem, mas a seta aponta o local onde foi cometida.




Paciência é a pessoa mais séria do futebol nacional e quiçá de além fronteiras.
Tomei por missão comprová-lo no meu espaço, de forma a calar de vez todas as vozes que o criticam.

Numa época fértil em casos e emoções Paciência manteve sempre a calma e a postura, o bom senso e o fair-play.

-Nesta época em que caminhou para o título, começou a dar o primeiro sinal afirmativo ao vencer em casa o FCP a 17 de Setembro de 2009:


*ndr: festejando efusivamente o golo de Alan à sua antiga equipa*


Apesar do feito, o resultado pecou por escasso: Paciência juraria a si próprio que tudo faria para ganhar categoricamente ao FCP na próxima oportunidade.


-Chegou o dia 31 de Outubro, o Braga recebeu o Benfica à 9ª jornada.
O Braga venceu merecidamente por 2-0, foi anulado e bem um golo ao Benfica que daria o 1-1.
Luisão não estava em fora de jogo nem cometeu qualquer falta nesse lance.

Contudo, o pior estava reservado para o intervalo:
foi um incrédulo Paciência que assistiu, impotente, às agressões dos seus jogadores ao goleador rival, o Óscar Cardozo.
Paciência tentou informar o árbitro do sucedido, para bem da verdade desportiva, mas sem efeito.


"O rapaz agredido do Benfica foi aquele mais alto"



"Se o soco fosse de frente, partia-lhe os dentes"


-Chegou a jornada 19, o Braga recebeu em casa o Marítimo.
O jogo estava empatado até perto do final, quando o Braga marca o golo da vitória seguido de uma jogada de envolvência em que a bola ultrapassou e bem a linha lateral.
Paciência, paladino do fair-play, não escondeu a sua revolta e viria a considerar a vitória da sua equipa como injusta.


"A bola esteve fora pelo menos isto", gritou um Paciência incrédulo.



-A jornada 20 não se fez esperar e a 21 de Fevereiro de 2010, Paciência visitou o Estádio do Dragão.
Confiante num resultado robusto e afirmativo contra o FCP, iludiu o adversário alterando a estrutura tática da equipa, trocando jogadores de posição e retirando titulares indiscutíveis do onze inicial.
Surpreendentemente, por um golpe do destino, a estratégia não surtiu efeito e cedo apanhou-se a perder por 3-0. Acabou por perder por 5-1.


*ndr: tentando freneticamente inverter o resultado contra o FCP.*



-Não tardou a chegar a 24ª jornada, que ao contrário da atrás mencionada, se tornaria fatídica para as aspirações ao título.
Foi um Paciência indignado que, justificadamente, se queixou à imprensa sobre o golo do Benfica, que ditaria o resultado final de 1-0, por ter sido obtido muito para lá da hora.


"O golo do Benfica foi obtido sete segundos após a hora", exclamou Paciência.



-Ferido, mas longe de estar vencido, Paciência cerrou fileiras e dentes para o Dérbi do Minho na jornada seguinte a 2 de Abril de 2010. O Braga de Paciência ganhou o jogo por 3-2, marcando três golos de pénalti.
Todos foram pénaltis justificados, principalmente o apontado ao minuto 8 dos 5 que foram dados de desconto.
Mas, como sempre, a desconfiança pairou sobre Paciência; más línguas disseram que era amigo do árbitro Artur Soares Dias e que terá prometido uma bejeca ao juiz caso o Braga ganhasse o jogo.
Ora, eu tive acesso às imagens e sei que Domingos apenas tomou um amigável pequeno-almoço com o árbitro.


"Artur, que tal estava o teu galão?"


Uma cerveja bebe-se com uma mão.
Observem o cuidado e a delicadeza com que Paciência segura o pirex imaginário, equilibrando a colher e o pacotinho de açúcar.
Só alguém de má fé diria que Artur Soares Dias tomou mais do que um simples café com leite.

Bom. Mais haveria para dizer, mas por hoje fico por aqui.
A razão pela qual comecei pelo "fim" é porque considero não haver qualquer fim.

Paciência é um guerreiro e não tarda teremos este homem como campeão pelo SCB, tudo para bem do futebol português:



Ups. Desculpem.
Confundi o penteado e o olhar vivo e inteligente destes dois campeões.

Assim é que é:

Campeão Nacional 09/10












Xi, pá

Realmente, o Facebook arranca-nos da blogagem.
Dou por mim a meter lá conteúdos, obrigatoriamente mais curtos mas também mais voláteis.

Não pode ser.
Há que tempos que não venho cá e mesmo assim tenho 11 visitas, por isso, prometo que voltarei a preencher este espaço regularmente.

Com as merdas do costume.

Ó pááá... snif snif, o árbitro, páá...



Patéticos.

Bom, deixemos de lado a "grande equipa que ia roubar o título ao Benfica" (eh eh eh eh), a que apanhou o "26" para regressar a casa e falemos de futebol.

Aliás, esqueçam, não vou dizer nada.
Uma imagem vale mil palavras.








Tomem




E já agora aproveito para mais um update. Pois, são os Travis, adivinharam.
Com a discografia que aqui têm, já devia ter posto a música mais famosa deles.

Hoje não deu para mais




Por um lado estou aliviado com a saída do SLB da Liga Europa.
Por outro, nestas alturas costumo sentir alguma tristeza, mas tal não acontece. Estou bem, estou satisfeito.

A equipa de futebol do Benfica fez uma boa campanha europeia, mas não foi de facto talhada ou construída para a vencer.

O núcleo duro da equipa é demasiado restrito, obrigando a que seja necessário jogarem sempre os mesmos para manter a mesma qualidade de jogo - ao mais alto nível, atenção.

Hoje, não tivemos Saviola por lesão, e tivemos Júlio César em vez de Quim.

Se à falta de Saviola e Quim, juntarmos um Javi e um Ramires a cairem para o lado, se lhes juntarmos um Aimar desinspirado e um Cardozo amedrontado, as coisas correm mal.
Aliás, a maior parte da equipa estava amedrontada, à excepção de Carlos Martins, David Luiz e Ruben Amorim.

Se tivéssemos o campeonato ganho, um pouco como o clube campeão da fruta fazia para poupar energias para as competições europeias, talvez tivéssemos dado melhor resposta.

Para o ano as coisas poderão correr melhor internacionalmente se tivermos uma equipa mais consolidada, com mais opções realmente válidas que permitam haver, de facto, rotatividade.

Entretanto, que venha o campeonato.

Hoje, no carro,

soube-me bem ouvir isto.





E, já agora, um bónus...
Estes tipos têm mesmo músicas que transpiram placidez.

Bem, hoje...




Tenham paciência, caros leitores, mas depois dos 4-2 à Naval esta noite, perdoem-me ter colocado tão feio cabeçalho.

A razão é, contudo, simples:





Tive uma visão, talvez motivada por privação do sono, de milhares e milhares e mais milhares de adeptos do CAB a roer as unhas dos pés com nervos, à medida que o Benfica dava a volta ao resultado.
Parece que os vejo, a levar o pé à boca e a passar a língua pelo chulé, ao mesmo tempo que trincavam com cada vez mais intensidade a unhaca do dedo grande, para de lá passarem a roer a carapaça natural dos porquinhos mais pequenos.

Completemos o ramalhete, fechando os olhos tendo em mente esta bela imagem:

imaginem um CAB com a última unha do segundo presunto entre os dentes, a ver o Cardozo a marcar o 4º golo e a dizer:

"Foda-se".

Com a unha entre os dentes.