A Guerra das Estrelas




Alguém sabe por que razão a Mona Lisa está a sorrir?
Ninguém sabe ao certo, é por isso que o quadro é tão valioso.

Na mesma nota, gostaria de levantar a seguinte pergunta:
Quem de vós não sabe quem é o Billy Dee Williams?
Ou melhor, qual de vocês sabe quem é o Billy Dee Williams?

Eu respondo, é para isso que cá estou - para vos dizer quem é o Billy Dee Williams.

O Billy Dee Williams fez o memorável e inesquecível papel de Lando Calrissian na Trilogia Original da Guerra das Estrelas. É por isso que não se lembram dele.

A razão pela qual eu me lembrei dele, é simples: - não me lembrei dele.
Simplesmente apareceu a cara dele na pesquisa do Google quando andei à procura dos modelos Cylon para o post anterior.





Perante esta descoberta a la Fernando Mendes, digam-me vocês:

é ou não mais interessante extrapolar a razão pela qual o Billy está a sorrir?
Uma imagem vale mil palavras, mas neste caso vale mil perguntas:

Estará Billy a jogar flippers?
Estará Billy a ver televisão?
Estará uma senhora ajoelhada aos pés de Billy a atar-lhe os atacadores e Billy, para não lhe olhar para o decote, olha em frente por cortesia e agradece sorrindo?
Estará Billy a ver a repetição do golo do Gilardino contra o Sporting?
Estará Billy a servir-se de um urinol?

Não sei.
Nem acho que alguém saberá ao certo.
Deixo-vos a extrapolar.

Não tenho cá vindo

Mas aquilo da Galactica ocupou o meu tempo.
Já está entregue, agora é só ir para o ar.

No duplo episódio-filme que fiz, aparecem os antigos centuriões Cylon, com certeza para agradar aos desprezíveis totós dos fanboys.




Este fanboy agradece, portanto, aos criadores da série pela baba que me fizeram babar.
Obrigado, pá!

(O Babar não era um elefante? Ca raio da verbo.)

Continuando, só não percebo por que razão (se é que a há), os criadores da Nova Galactica substituiram os Cylons de metal por modelos "orgânicos" que se infiltram entre os homens.

Destruiram mais um mito da ficção científica ao substituirem os belos e antigos robôs pelos seguintes modelos Cylon que são, no mínimo, questionáveis:



Number Six




Number Three




Number Eight




Não há direito.

E já que falei de videos

Comecei a tirá-los do You Tube com um software que o MM me indicou.
Em vez de deixar o link, prefiro alojá-los no blogger.
Assim, ao menos, sei que os leitores não se deparam com a bela caixinha do YouTube só para depois levarem com a simpática mensagem "This video is no longer available".
Isto para não falar de "is not available in your country" ou "the sound has been removed due to copyrights" e outros que tais.

Alargando um pouco mais o espectro da coisa, aquele jogo de que aqui tenho falado, o Mass Effect, em termos de anti-pirataria é uma autêntica jóia; o original vem com uma limitação máxima de três instalações. Ao fim dessas três instalações, temos de pedir à distribuidora que nos permita mais uma instalação. Mas não fica por aqui, somos ainda obrigados a ter uma ligação à Internet sempre que o quisermos jogar; percebem, sempre que quiser usufruir do jogo, a editora tem de saber se não estou a usar uma cópia pirata.
Gostaria de saber que garantia tenho eu se, daqui a 5 anos quiser voltar a jogar, a empresa ou o serviço de autenticação ainda vai existir?
Obrigadinho, mas façam negócio com as paredes.

As editoras, proprietárias do material, têm esse direito. Mas, talvez tenha chegado a hora de deixarem de o ter, porque isto já começa a roçar o ridículo. Sem serem donas do talento que criou uma série, um filme, uma canção, um jogo, não deixam de ser quem decide quem, como e principalmente a que preço é que temos acesso ao material que com todo o "coração" nos é disponibilizado.

Baixem lá os preços dos "vossos" produtos, deixem de ter medo do bicho mau e comecem a distribuir material com os preços mais baixos. Garanto-vos que terão mais compradores. Daqueles satisfeitos. Que é como quem diz, dos que vos voltam a comprar qualquer coisa.

PS: Comprei no fim de semana passada o Mass Effect original. Foi a minha forma de agradecer a quem desenvolveu aquela obra-prima de entretenimento. E porque custou 10€ em vez de 60€ e porque já cá tenho um CRACKADO, e posso também aplicar o CRACK ao original.

Devo ter feito bem a alguém

Agora calhou-me a tradução e legendagem de outro dos meus "personal favorites", nomeadamente, a reimaginada "BattleStar Galactica".

Mais especificamente, o filme "Razor", que faz a ponte entre a 2ª e a 3ª série.



Assim vale mesmo a pena.

Deixo também aqui como de costume, um vídeozito demonstrativo da série:

O guarda-redes Ricardo

Como sabem, sou benfiquista.
Mas também não gosto de ser ingrato.
Hoje deparei-me com esta notícia sobre o Ricardo no Bétis, e não pude deixar de sentir um leve mal-estar.

O Ricardo deu-me muitas alegrias. Uma delas foi o título do Benfica, em 2004-2005, quando saiu da baliza feito uma barata tonta e permitiu que o fraco cabeceamento do Luisão desse em golo.

Mas o intuito deste post não é gozar com o Ricardo, é homenageá-lo.

O homem alegrou a nação por duas vezes em competições internacionais pela selecção e quero, por isso, deixar aqui a minha homenagem, relembrando tempos felizes e desejando-lhe toda a sorte possível.





Desculpem-me

Quero pedir desculpas aos meus leitores pelos sucessivos posts a pedir desculpa.
São assuntos que deveriam ter sido tratados pessoalmente, não num blogue.

Por isso, as minhas desculpas.

Um homem sempre mal disposto /ou/ A Balada de André

André tem os pés grandes.

André faz esqui aquático sem esquis.
André faz mergulho sem barbatanas.
André não desce escadas a passo, desce escadas a surfar.
Quando André está a sair, os seus pés já estão a chegar.
Pé ante pé, daqui até à China foi André.
André vai sempre com os pés à janela nos transportes públicos.
André não anda de bicicleta porque os seus pés batem nos ciclistas à frente.
André corta as unhas dos pés com um machado.
O primeiro emprego de André foi como prancha de salto numa piscina.
Uma pedra no sapato de André pesa no mínimo 50 quilos.
André não faz flexões porque os braços não chegam ao chão.
O palhaço rico goza com os pés do palhaço pobre.
O palhaço pobre goza com os pés do André.
Quando os surfistas se deitam na praia, a prancha faz-lhes sombra.
Quando André se deita na praia, faz sombra às pranchas dos surfistas.
Quando André anda de carro, tem de levar os pés na mala.
André não pisa bostas, André pisa manadas.
Quando André se põe em bicos de pés, é astronauta.
A Terra está bem assente nos pés de André.


André acorda sempre com os pés de fora.

Estou farto de meter a pata na poça...

... mas volto a pedir desculpas à minha esposa, visto não ter gostado da comparação com a Barbie.
Quero deixar aqui claro que não te acho fútil, mulher-objecto e muito menos, loira.

Era para postar aqui uma imagem qualquer, mas nesta altura do campeonato já tenho é medo.

Love u!

Novamente, as minhas desculpas

... desta vez, à minha esposa, a melhor esposa do mundo.

Não gostou da comparação que fiz entre ela e o grilo falante, pensando que a vejo como um motivo de censura.

Mas não, tu és o meu amor e o meu equilíbrio.

És a minha coisa mais linda!

Bolas, pá

Ainda estou amofinado por causa do post sobre os blogues dos meus amigos.
Foi uma tentativa minha de os provocar para a brincadeira, que pode tê-los deixado magoados.

My friends, as minhas desculpas.

Principalmente tu, meu amigo MM, que foste a pessoa em quem casquei mais. Só para te provocar para a brincadeira.

O meu amado grilo falante chegou a casa e explicou-me por que razão tu te sentiste magoado, uma vez que eu não soube retribuir a tua gentileza.




Abraços pá.

E saudações benfiquistas. Aos dois.

Dizem que às vezes...

... firo a susceptibilidade das pessoas.

O post anterior é prova disso.

Por isso, para reparar qualquer mal-estar que tenha causado a quem muito respeito e admiro,
e por muito que me custe ( e custa mesmo muito, muito!), vou aqui postar uma canção daquela banda(?) de quem o meu amigo MM tanto gosta.

Esta canção dá o nome ao blogue do MM, que eu tanto gosto de visitar.
Como gostos não se discutem, não me ocorre uma melhor homenagem.
Fiquem é desde já a saber que, sempre que carregarem no botão de "play", é como se me estivessem a espetar alfinetes na cabeça como se dum boneco de "voodoo" se tratasse.

Gostaria de homenagear o Joshua da mesma forma, só que aí a coisa complica mais um pouco; se pensam que vou degradar o meu estaminé, por exemplo, com um símbolo do spórtem, tirem o cavalinho da chuva.

Ainda pensei em colocar aqui o hino do sporting cantado pela senhora do cabelo cor de escarreta, mas até isso me causa fornicoques. Seja como for, não quero que o Joshua se zangue comigo, por isso deixo aqui algo que está suficientemente perto e que deverá ser aceitável para ambos:

O hino do Sporting Clube ...Farense:

Blogues amigos

Não podia esquecer-me da bela homenagem que me foi prestada pelo meu amigo MM no seu blogue.

Como tal, e afinando pelo mesmo diapasão, gostaria de dizer que o blog do meu amigo MM é péssimo, inconsequente, cheio de material condenável e principalmente, palha.
Desaconselho em absoluto a sua visualização e leitura, pois não passa de uma enorme perda de tempo da vossa vida, tempo esse que nunca mais vão recuperar.

No mesmo tom, gostaria de noticiar aqui o nascimento de um novo blogue, O Cantinho do Lagarto.
É da autoria do meu amigo Joshua e pelo nome (do blogue), podemos já começar a imaginar a quantidade de material verde e viscoso que por lá vai escorrer. É uma questão de tempo, eu sei, mas imagino que venham daí gayzadas à la Sporting com uma costela de tripeiro como guarnição.

Enfim, leiam os blogs e pouco chinfrim.


PS: ide à merda.

A Minha Quinta Dimensão

*Antes de ler este post, leiam por favor o post anterior.


Alberto Crispim era um homem normal, que levava uma vida normal. Tinha acabado de chegar a um hotel de Lisboa, onde ia ter uma reunião de negócios. Para ele, era apenas mais uma tarefa diária. Mas o que Alberto não sabia é que estava prestes a entrar na...

Quinta Dimensão.


Alberto chegara ao elevador do hotel, com capacidade máxima para 15 pessoas. O elevador ficou lotado. Nenhuma das pessoas conhecia as outras, mas iam todas para lá do 20 º andar.
De súbito, Alberto sente vontade de espirrar. Como o elevador estava à pinha, tentou aguentar, mas em vão. Mal teve tempo para levar a mão ao nariz quando soltou um sonoro “Atchim!”.

Todas as pessoas, como sardinha em lata, afastaram-se o mais possível de Alberto, que estava encostado ao painel do elevador. Temiam que fosse a gripe A.
E Alberto amaldiçoava-se, por não se lembrar de trazer consigo um lenço; tentava a todo o custo esconder a sua mão direita, parcialmente coberta de um espesso e abundante ranho.

Foi então que, entre andares, o elevador parou.

Os passageiros começaram desde logo a manifestar a sua indignação: uns diziam “era só o que faltava”, enquanto outros exclamavam “toquem o alarme do elevador” e outros começavam a entrar em pânico gritando “tirem-me daqui!”

Todos menos um senhor idoso com um fato vestido, que se encontrava à frente de Alberto.

Os passageiros mais assertivos insistiram com Alberto, visto estar encostado ao painel: “Ó senhor, toque lá o alarme.”
Alberto, sabendo que tinha a mão parcialmente coberta de ranho, hesitou até ter uma ideia; como estava a segurar a sua pasta com a mão esquerda, passou-a para a mão direita. Foi audível um inevitável “squish”, mas ao menos agora tinha a mão esquerda livre e, mais importante, limpa. Com o indicador esquerdo, fez soar o alarme.

Quando olhou para o cavalheiro idoso à sua frente, reparou que ele tinha uma escarreta enorme e verde entre o ombro esquerdo e as costas do fato, lentamente a descer pelas costas do casaco abaixo.

Poucos minutos passaram após Alberto soar o alarme, quando se ouviu uma consoladora voz de um dos trabalhadores do hotel: “Já estamos a tratar do assunto, temos um técnico connosco. Em menos de um minuto, tiramo-los daí!”
E assim aconteceu: o elevador arrancou com um solavanco, desequilibrando toda a gente. Para evitar que o senhor do fato lhe caísse em cima, Alberto amparou-lhe o ombro esquerdo com a mão esquerda.

O elevador desceu lentamente até ao andar mais próximo, o 15º.

Ao abrir a porta do elevador, o trabalhador do hotel explicou a situação: “Senhoras e senhores, não há razão para alarme, mas o nosso sistema de segurança detectou uma fuga de gás. Perante uma emergência, o sistema desliga os elevadores. Embora não haja razões para alarme, temos de pedir a todos que evacuem o hotel. Façam-no, por favor, usando as escadas de serviço à vossa esquerda, calmamente e em fila única.”

Alguns dos passageiros esboçaram uma reclamação, incluindo Alberto.
Certo era que ninguém queria sair do seu lugar porque tinham “coisas a fazer” e “coisas a tratar”. Os passageiros, incluindo Alberto, achavam que a equipa de manutenção deveria tratar do problema sem ter que os incomodar.

Mas o senhor do fato exclamou:

- Vamos, rápido! É o melhor a fazer, acreditem em mim!

E apontou para Alberto, dizendo:

- O senhor, vá á frente, eu vou logo atrás de si.


E assim fizeram, mas quando Alberto levou a mão direita (e ranhosa) ao corrimão, a mesma escorregou para a frente; com o corpo demasiado inclinado para baixo, Alberto tropeçou sobre si mesmo e rebolou pela escada abaixo, dando fortes pancadas em todos os 25 degraus até chegar ao 14º andar.

O senhor do fato apressou-se a chegar a Alberto. Preocupado, tentou levantá-lo, perguntando:

- O senhor está bem?
- Sim, só estou um pouco dorido.
- Que grande tombo que deu. E que grande susto nos pregou.
- Sim, sem dúvida. O dia já vai mal, e agora só me faltava esta.
- Ao menos não partiu a cabeça – brincou o senhor do fato.
- Sim, até posso dizer que tive sorte – respondeu Alberto no mesmo tom amigável.


O senhor do fato pegou na mala ranhosa de Alberto com a mão direita e entregou-lha:

- Vá, vamos descer, agora vou eu à frente. Siga-me de perto.

Antes que Alberto o pudesse avisar, o senhor do fato levou a mão direita ao corrimão e a mesma escorregou para a frente; com o corpo demasiado inclinado, o senhor do fato tropeçou sobre si mesmo e rebolou pelas escadas abaixo até ao 13º andar, partindo a cabeça pelo caminho.

Com a pasta na mão, Alberto desceu as escadas a correr em auxílio do senhor do fato.
Os restantes 13 passageiros ficaram embasbacados no mesmo local, o que se revelou ser um erro fatal. A fuga de gás era no 14º andar, dando origem a uma violenta explosão quando Alberto ia a meio do lanço de escada. Os passageiros tiveram morte instantânea e o fogo começou rapidamente a propagar-se para os andares acima.

Alberto, contudo, foi projectado pela explosão, deixando cair a pasta. Aterrou violentamente sobre o senhor do fato, que soltou o grito de agonia possível, visto ter várias costelas partidas.

Alberto levantou-se o mais rápido possível, mas ajoelhou-se logo a seguir à frente do senhor do fato para o ajudar a levantar-se. Desta feita, apesar das costelas partidas, o senhor do fato soltou um sonoro e enorme grito de dor e de horror:

- Aaaaaaaaaaah!!!!!!!!!
- O que se passa, doi-lhe quando se mexe?
- Não! O senhor está a pisar-me os tomates com o joelho!
- Ah, desculpe!


Alberto desviou o joelho e tentou levantar o tronco do senhor do fato, pegando-o pelas costas do ombro esquerdo; como o fato estava coberto de ranho nessa zona, a mão escorregou e a cabeça do senhor do fato bateu secamente no chão.

Quando Alberto ia tentar levantar novamente o senhor do fato, este interrompeu-o:

- Alberto...

Alberto fez uma pequena pausa, perguntando logo a seguir ao senhor do fato:

- Como sabe o meu nome?
- Eu sou o teu filho.
- O quê?!
- É verdade, vê na minha carteira.

Alberto rapidamente investigou o B.I. do senhor do fato; o nome era Joaquim Crispim, nascido em Lisboa no ano de 2005. Incrédulo, Alberto perguntou:

- Mas... que raio de truque é este?
- Não é truque, pai. Eu vim do futuro.

- Do futuro? Que raio de conversa é essa?
- Escuta com atenção, pai, não tenho muito tempo de vida.

- Mas...
- Deixa-me acabar, por favor. Tu morreste neste hotel em 2009, e eu fui criado pela avó Lucrécia.

- A avó Lucrécia?? E a tua mãe?
- Desde que morreste, a mãe começou a dar-me sovas com o pau de marmeleiro e chegava bêbada a casa com o teu melhor amigo, o Alecrim Paixão. Depois, ia para a cama com ele e punha a tocar discos do Tony Carreira, para eu não o ouvir gritar “Ai, Irene! Ai, Irene!”

- Que horror!
- Foi quando fugi para a casa da avó.

- E a tua vida ficou melhor?
- Não, porque o Avô Carriço batia-me todos os dias com o cinto.

- Meu Deus! E a tua avó, não dizia nada??
- Não, e ainda participava.

- Que horror! Como foram capazes de te fazer isso?!? Nem sei como assimilar a situação!
- Eu sei, mas agora também não interessa. Dada a minha infância, dediquei a vida a construir uma máquina do tempo para te salvar, e consegui. O homem que sou vai deixar de existir e ao salvar-te vou finalmente ter uma infância feliz.

- Meu Deus... E o que devo fazer agora?
- Agora deves ir embora, e já. Deixa-me aqui, que já cumpri o meu destino.

- Mas, assim vais morrer!
-Corre, por favor! Estou para além da salvação.... E não te esqueças de amar o teu filho.


O senhor do fato faleceu com um sorriso no rosto, fitando Alberto. Este, com as lágrimas a cairem-lhe pelos olhos, levantou-se e começou a correr; infelizmente, tropeçou na sua pasta e rebolou pelas escadas abaixo até ao 12º andar, partindo a cabeça pelo caminho.

Alberto perdeu os sentidos.

Quando veio a si, Alberto estava numa ambulância. Fora resgatado por bombeiros que tinham subido as escadas à procura de sobreviventes. O extraordinário episódio que tinha vivido não lhe saía da cabeça, principalmente o ter descoberto que a sua mulher teria ou iria ter um caso com o seu melhor amigo, e que os seus próprios pais tinham-se tornado criaturas violentas.

Combalido, sujo e ensanguentado, levantou-se da ambulância e dirigiu-se de imediato a casa. Quando chegou, irrompeu pela porta dentro, encontrando a sua mulher e o seu melhor amigo na marmelada.

Por marmelada, entenda-se, Irene estava toda nua só com sapatos de salto alto, enquanto o Alecrim estava nu da cintura para baixo, em cima do sofá com o rabo espetado para o ar. Irene espancava-lhe alegremente as nádegas com um ralador de cenouras enquanto Alecrim gritava de prazer: “Ai, Irene! Ai, Irene!”

Alberto interrompeu-os:

- Mas que raio é isto?!?!?

Irene tapou-se e rapidamente retorquiu:

- Alberto, querido, isto não é o que parece!
- Ah, não? Pois fica a saber que te quero fora desta casa! Vou a casa da minha mãe, e quando voltar, não te quero ver cá! Acabou!

E bateu com a porta, sem sequer dirigir uma palavra a Alecrim.

Alberto apanhou um táxi até à casa da sua mãe. Estava cada vez mais tonto e com mais náuseas, devido ao traumatismo que sofrera na última queda pelas escadas.

Quando chegou, irrompeu pela porta dentro, encontrando a sua mãe e o seu pai na marmelada.

Por marmelada, entenda-se, a sua mãe estava toda nua só com umas botas de “dominatrix”, enquanto o seu pai estava com um fato de “gimp” vestido, em cima do sofá e de rabo para o ar. A mãe chicoteava-lhe alegremente as nádegas enquanto o pai gritava de prazer: “Ai, Lucrécia! Ai, Lucrécia!”

Alberto interrompeu-os:

- Mas que raio é isto?!?!?

Lucrécia tapou-se e rapidamente retorquiu:

- O que estás aqui a fazer?!?
- Mãe, pai! Que raio de coisa é esta?

- Olha, filho, não te queixes! Foi assim que foste feito!
- O quê?!? Como assim?? Nem sequer estão a... Não interessa! É assim que passam os vossos dias?!? Seus porcos, nunca mais vos quero ver! E nunca mais vão ver o meu filho! Acabou!

E bateu com a porta quando saíu.

O pai de Alberto, o avô Carriço, calmamente virou-se para a Irene e disse:

- Aquilo passa-lhe. Continua, vá.


Alberto cambaleou pelas escadas abaixo, sentindo-se cada vez mais zonzo. Foi quando se lembrou que, com a raiva, se tinha esquecido do mais importante; o seu filho, que estava no infantário.

Com os passos cada vez mais irregulares e com a cabeça às voltas, cambaleou para o meio da estrada no intuito de chamar outro táxi para ir buscar o seu filho; foi então atingido por um autocarro da carris que não conseguiu travar a tempo, e que o projectou para o meio de um cruzamento.
Alberto ainda esboçou um movimento, mas em vão: um camião Tir que circulava na estrada transversal passou-lhe por cima.
Moribundo e com a cabeça virada para o céu, Alberto ainda abriu os olhos a tempo de ver um balde de cimento estatelar-se em cima da sua cabeça; o balde caíra acidentalmente de um prédio que fazia esquina e que estava em obras.

Alberto faleceu.


Alberto Crispim era um homem normal, que levava uma vida normal. Neste dia incomum, foi-lhe dada uma segunda oportunidade para viver, mas levado pela raiva e pela fúria, não a soube aproveitar.

Acabou por cumprir, assim, a profecia a que estava destinado...
Na Quinta Dimensão.



The End

Quinta Dimensão





“Arranjei” todas as séries originais da Quinta Dimensão (Twilight Zone, para os nativos de língua inglesa que estiverem a ler este blogue).


Bom, logo à partida, “nativos de língua inglesa que estiverem a ler este blogue” é um conceito estúpido e completamente desfasado daquilo que este blogue deveria fazer, mas não faz, que é ser de leitura fácil e agradável.

Ao contrário, ou invés, se assim o preferirem, prefiro propositadamente gastar o vosso tempo com frases sem qualquer sentido aplicável seguidas de parágrafos explicativos da frase anterior, onde o melhor era mesmo ter estado calado; o que, aliás, nos blogues é muito fácil, porque nem sequer estou a falar em discurso directo.

Mas, infelizmente, não o faço, como acabei de explicar.

Bom, como estava a dizer, “arranjei” a série “Para além da Imaginação” (se preferirem o título brasileiro), e estou a gostar.

Gosto principalmente da forma como começam os episódios, todos eles narrados pelo narrador.

E o que o narrador narra no início dos episódios, é uma narrativa narrada de forma dramática, narrando algo como: “fulano de tal é um homem normal que está prestes a entrar no mundo do sobrenatural. Ele não sabe, mas acabou de entrar na Quinta Dimensão!”


E depois acontecem ao fulano de tal todo o tipo de peripécias. Há histórias de terror, outras cómicas, outras sérias… Há histórias de todo o tipo.

Ora, eu cá ponho-me a pensar: por que razão não posso contar a minha história sobre um homem comum a quem acontecem coisas invulgares? Bem dito, bem feito: mãos à obra, que é altura de perder amigos: façam o favor de ler o post acima, precedido da introdução em vídeo.


Deleitai-vos.

My Finest Work

Fui de férias sem contar que acabei a minha quota-parte de episódios da série Extras.
Calhou-me em sorte fazer também o episódio 6 da segunda série, com uma pequena cameo do Robert de Niro.

Quem corre por gosto não cansa, e é verdade. Foi o meu melhor trabalho, visto e revisto ao pormenor de forma a ir para o ar "sem espinhas" e tentando manter intacto o espírito da série, com o qual tanto me identifico.

Só espero é que não lixem os tempos de entrada das legendas, mas isso é lá com eles.

Deixo-vos aqui um pequeno excerto; conto, um dia destes, fazer um upload de uma parte com a minha tradução e legendagem embutida, mas isso já envolve uma série de engenharias informáticas um pouco prolongadas.


E ainda...

Vou levar a minha amiga íntima, já há um mês que não lhe toco.
Deixo aqui uma fotografia dela, para vosso deleite.

Os vizinhos que se cuidem.

A todos os meus amigos




Malta, vou sair de Lisboa durante uns dias para apreciar uns banhos de sol. Lá para a próxima Quinta-Feira estou de volta. Dificilmente vou actualizar este espaço durante esse período mas, como levo o "portatél" e como tenho sempre ideias da treta a acumularem-se na tola, logo se vê.

Daqui envio um abraço com forte sentimento a todos os amigos que revi na sequência do trágico desaparecimento do Tó Luis.

Envio também um carinho especial à minha querida e grande amiga, Vovozinha da Popota ;-).

E para o meu querido e grande amigo MM e companhia, um forte abraço com a certeza de que vou continuar a ir aí almoçar. Tá, rapaz? Tens de me continuar a aturar, para mal dos teus pecados.

Mas a verdade é que nem tudo são rosas. Entre os meus amigos há um (que permanecerá anónimo, embora tenha sido mencionado) que tem uma forte fixação pelos U2 e principalmente pelo Bono Vox. A esse meu amigo tenho de dizer para ser menos gay... é que já se começa a notar.

Até jáá!

O "Macho"


Comecemos este post com uma definição abstracta; dá sempre para estabelecer desde logo o ambiente:

Pensemos em "classe".

Surgem-nos logo uma série de conceitos, não é? Altivez, nobreza de carácter, justeza, elevação.
Certo, malta? Acho que podemos continuar.

Uma vez que o mote está dado, imaginem este cenário hipotético:Um director de uma qualquer empresa em Lisboa espalha entre alguns dos funcionários da dita empresa uma série de difamações, sendo que o alvo é um dos trabalhadores.
Imaginemos, hipoteticamente, que o alvo dessa difamação fui eu.

Vamos dar profundidade às personagens desta história fictícia, dizendo, sei lá:

Que o Director dessa empresa tem (por exemplo) perto de 50 anos e julga-se a maior dádiva de Deus à terra. Infelizmente não passa de uma pessoa um pouco tapada, desequilibrada emocionalmente e com uma infinita capacidade de se achar um valente, um "macho-man"; embora esse "macho-man", para quem vê de fora, se possa encaixar no célebre hit dos Village People.

Quanto a mim... ok, imaginem que tenho 30 e poucos anos, pouca pachorra para aturar badamecos (de qualquer idade) e muito pouca tolerância para estupidez e arrogância.

Se leram até aqui, os meus parabéns. E o meu obrigado.
Mas agora é que a história vai começar a aquecer.

Como sabem, nesta história fictícia o Director não gosta de mim, e para denegrir a minha imagem começa a difamar-me em variados círculos.
Atencioso da parte dele, não? Se calhar em demasia. Poderia dizer que é uma atenção digna do macho-man dos Village People, mas nem vou por aí.

Para acrescentar um pouco de acção, façam de conta que o director, há uns seis meses atrás, entrou pela minha sala adentro armado em macho-man a gritar comigo.

Imaginem também que lhe dei três hipóteses para baixar o tom de voz. Como não o baixou, imaginem que à quarta vez eu me levantei da cadeira e disse:

-"Ouça lá, mas afinal o que pretende?"

Tendo ele começado logo a andar às arrecuas com as mãos para a frente, como quem diz "não me façam mal".

Perplexo, mas concentrado no assunto, insisti:

-"Não, não. Já que começou a conversa, agora acabe."

E ele, simplesmente meteu o rabo entre as pernas ao mesmo tempo que enfiou a viola no saco e raspou-se o quanto antes, borrado de medo (do quê, não sei).

Não sei por que fugiu como um texugo foge de um incêndio; mas garanto teve a sua piada.
O que sei ao certo é que um episódio destes deixa marcas em qualquer macho-man, seja o dos Village People ou não.

Caros amigos, a merda cheira a merda.
E quando a merda se borra toda, imaginem o pivete.

E como:
a) Esta patético-hipotética história não se passou num jardim-escola.
b) A merda cheira mal,
não vou - nesta história fictícia - tirar satisfações com o Director.

Basta-me a feliz recordação de ter visto um cagalhão borrar-se todo à minha frente.

Perdi a vontade de brincar




Faleceu hoje com 40 anos, esposa e dois filhos, o meu amigo de adolescência, António Luis,
vítima de um ataque cardíaco fulminante.
O Tó Luis foi um dos que me acolheu sob a sua asa, visto ser eu o caçula do grupo; nunca o hei-de esquecer. Guardo com ternura no coração as recordações que tenho do Tó.

Sinto a raiva normal nestas ocasiões.
Já que a puta da morte nos há-de calhar a todos, tinha pelo menos a obrigação de não ser aleatória nas suas escolhas.


Esta é para ti, amigo. Com o Roger Waters, tal como gostas.


Basta-me deixar aquela célebre frase proferida pelo nosso querido amigo Paulo Albano, quando ficámos sem gasolina. Não me ocorre outra melhor, dada a circunstância. E sempre te fez rir, independentemente do número de vezes que a repetimos:

"Foda-se, 'tamos fodidos, caralho, foda-se."

Que faças uma boa viagem, meu irmão.

Extras

O Episódio 5 da segunda série já está.

Andy Millman deseja entrar numa peça de teatro para ganhar credibilidade como actor.
Pelo meio, encontra dois amigos que suspeitam que ele é homossexual.
Perante o cenário, Andy pretende demonstrar-lhes que estão enganados.

É para ver até ao fim:


Considerações sobre Masturbação /ou/ A Balada de André

André nascera com três pénis e andava triste.
Não por ter três pénis, mas por ter nascido com duas mãos.

Mais do mesmo

Quem frequenta o meu blogue já sabe que se sujeita a, de repente,
deparar-se com coisas de baixo nível e mau gosto.

Estou consciente do facto, mas não consigo evitar.

Imaginei, assim ao acaso, um jantar de gente fina.
Estava um ambiente pesado à mesa, ninguém conhecia muito bem os outros e toda a gente
tentava manter a compostura.

Eis se não quando, e no meio do silêncio, um dos convivas larga inadvertidamente um longo e sonoro traque.

Após alguns segundos de estupefacção, os restantes convivas à volta soltaram um risinho contido.

Um deles, o mais simpático, ficou aliviado com o "quebrar do gelo" proveniente dos risos e, inadvertidamente, soltou a seguinte frase:

-Finalmente, uma lufada de ar fresco.


Ao que outro conviva, também inadvertidamente, responde:

-Até que enfim, alguém interrompeu o silêncio.
-Obrigado. Assim já se respira melhor.

-A quem o diz. A ocasião merecia um foguete.
-Um morteiro, amigo. Para animar a malta.


O diálogo foi interrompido pelo senhor à cabeceira, pois julgou que estes dois convivas estavam a gozar com o conviva do traque.
Achou por bem acabar ali a conversa, exclamando inadvertidamente:

-Acabem lá com a conversa, que já cheira mal...

Mass Effect 2

Está para sair o Mass Effect 2... Mal posso esperar, são mais 7 meses de espera.

Isto é cool, my friends. Mais cool... não há!

Só por curiosidade...

Alguém viu o Keith Richards?




Será que está com o Pepe Le Pew?




E agora, não tem mesmo nada a ver com assunto mas...
Será que o felácio sem dentes é mais agradável por não arranhar?

E ainda sobre futebol

Li uma crónica no pasquim record em que o imparcial e sempre equilibrado Dias Ferreira, numa das suas crónicas, diz o seguinte:

"(...) Há cerca de dois meses, um jogo de futebol entre o Sporting e o Benfica, em juniores, foi interrompido aos vinte e tal minutos, por os adeptos dos visitantes terem entrado à pedrada para que o jogo terminasse, certos como estavam de que a derrota dos dois daria o título ao agressor.
Nada mais simples, pois Alcochete não tem condições para um jogo de futebol. Nem Alcochete nem estádio nenhum é local para andar à pedrada. Como o Estádio Nacional tem condições para a prática do futebol, mas não tem "condições", como nenhum tem, para assassinos à foguetada! (...)"



Que fique claro que acho que o jogo deveria ter sido repetido.
Que fique claro também que até simpatizo com o Sporting. Infelizmente, o Sporting com que simpatizo faleceu com o meu tio, um grande homem, José Ferreira.

Mas esta escumalha de gente que usa a sua "popularidade" para acções de autêntica propaganda e para incendiar a opinião pública devia era estar calada.

Sou muito a favor da liberdade de expressão, mas a liberdade de uns acaba onde a dos outros começa; e alimentar ódios publicamente, que infelizmente só espelham o que o resto da Direcção do Sporting pensa não devia ser permitido - principalmente porque contagia os adeptos do clube e tenta tapar-lhes os olhos ao que é óbvio: o Sporting vendeu o património, não comprou novos jogadores porque não tem dinheiro e tem hoje praticamente o mesmo plantel e o mesmo treinador de há quatro anos.

Poderiam chamar-lhe de estabilidade, mas tendo em causa os medíocres resultados não passa de... fazerem o que podem; que passa por atribuir ao SLB a culpa por tudo o que lhes corre mal, enquanto branqueiam o comportamento do FCP para lhes poderem colher as migalhas.

Não acreditam?

-Dias da Cunha disse que o "sistema" era o Pinto da Costa e o Valentim Loureiro. Foi corrido.

-Soares Franco disse que o Apito Dourado tinha sido o jogo Estoril-Benfica no Algarve. Não só não foi corrido como após vender o património do SCP passou o testemunho ao Bettencourt.

Agora sou eu que vos digo, continuem que estão no bom caminho...

Torneio de Guimarães e primeiro balanço

2-0

E lá arrecadámos mais um troféuzito de pré-época, o terceiro. Curiosamente, o terceiro que disputámos.
Primeira conclusão a tirar: é inequívoco que o Benfica recuperou a alegria de jogar à bola.
Entrámos com uma equipa recheada de prováveis "não-titulares", o que não impediu o Benfica de mostrar mais uma vez o que começa a ser o apanágio da equipa: pressão alta, rápida circulação de bola e objectividade no ataque.

Foi assim que, aos 40 minutos e contra uma equipa muito melhor organizada do que o Portsmouth, num estádio sempre difícil, Coentrão colocou a bola em Nuno Gomes.


O mal-amado jogador executou com precisão um passe em profundidade para Urreta que, não sendo o único jogador do Benfica na área, fez um passe açucarado para Weldon concretizar.
Ainda sobre Nungo Gomes, tenho a dizer que sou um admirador. O homem percebe de bola como poucos, sabendo jogar para a equipa na abertura de espaços. À atenção do prof. Carlos Queiróz que, se tivesse juízo, convocava-o.

Mas adiante, porque é o Benfica que interessa; foi uma jogada linda, ao primeiro toque, tudo com peso e medida. Ainda não me habituei a ver o Benfica fazer disto, por isso, quero mais.

Na segunda parte, aos 65 minutos e numa jogada quase a papel químico da primeira (desta feita, pelo lado esquerdo), Aimar desmarca Saviola que, sem ser egoísta, colocou em Ruben Amorim para o segundo da partida.


Sobre Saviola, há a dizer que está a jogar bem no que toca à abertura de espaços e desmarcações, mas ainda está um pouco atrapalhado e precipitado na altura do remate. Algo que Jesus e o próprio Saviola devem começar já a resolver.
Quanto a Ruben Amorim, será um desperdício a lateral direito. Ruben não é fora-de-série mas tem uma visão de jogo invulgar. Mal por mal e na ausência de Maxi, se Patrick não estiver à altura (devia estar, foi contratado especificamente para aquela posição), o lugar deverá pertencer a Miguel Vítor.


Infelizmente, nem Patrick, nem Ruben Amorim nem Miguel Vítor fazem o lugar de Maxi.


Nenhum sobe no terreno e faz o flanco todo como o uruguaio. Uma baixa de peso.

Falta dizer que, aos 60 minutos, houve um penálti por marcar a favor do Benfica (contra quem haveria de ser?). Isto dos penáltis a favor do Benfica é sempre um terreno lamacento porque, como todos sabem, há uma regra do futebol que diz: "Penáltis a favor do Benfica nunca o são e o árbitro que os marcar sujeita-se a um apedrejamento público."

Neste caso em particular, até se pode argumentar que os braços do jogador não aumentaram o raio de acção do mesmo.

Contra isso argumento que há uma lei do Futebol em que o jogador pode proteger a cara com as mãos (desde que as tenha coladas à cara). Nesta jogada, o jogador do Guimarães leva as mãos ao peito desviando consideravelmente a trajectória da bola, portanto... Penálti por assinalar.
E ainda nesta jogada, o que aconteceu? Um remate de Carlos Martins, a aparecer na mesma posição onde Ruben Amorim apareceria 5 minutos depois para fazer o golo. Ou seja, temos os médios interiores a romperem a área nas jogadas de ataque.


Quanto a Carlos Martins, demonstra ser exímio a manter a posse de bola, mas continua inconsequente na altura de a largar. Este homem é o melhor possível substituto de Aimar e capacidade de passe não lhe falta, por isso vê lá se começas a levantar a cabeça antes de passares.

Passemos ao eixo da defesa:
Desculpa lá, amigo MM, mas só pode ser constituído pelo Luisão (autêntico patrão) e o imperial David Luiz.



Para o lugar de médio defensivo, penso que pertence sem qualquer dúvida ou hesitação a Javi Garcia. No entanto, era inteligente por parte da equipa técnica manter o Yebda na equipa: pode estar em baixo de forma, mas é o único jogador com características idênticas às do espanhol - um armário - e que quando está bem, joga bem.


A baliza, para mim, é que continua uma incógnita...



... A do Benfica, porque nas balizas contrárias vejo um homem que vai fazer muita, mas mesmo muita mossa.
Bom, e agora que faltam 15 dias para o começo do campeonato, e tendo em conta que Jesus (o treinador) quer um plantel de 25 jogadores - com três guarda-redes - vou avançar aqueles que eu acho que vão ser os eleitos.

GR: Moreira, Quim, Júlio César

Defesa: Schaffer, David Luiz, Luisão, Sidnei, Miguel Vítor, Maxi, Patrick.

Meio Campo: Di Maria, Fábio Coentrão, Ramires, Carlos Martins, Aimar, Javi Garcia, Ruben Amorim, Yebda.

Avançados: Saviola, Cardozo, Nuno Gomes, Weldon, Keirrison, Mantorras

Se estiveram a contar os jogadores e só contaram 24, acertaram.
Falta um segundo lateral esquerdo de raiz. Mas a coisa até se pode manter assim dada a polivalência de David Luiz, o que permitiria a manutenção de Urreta (altamente aconselhável).

Quanto à continuidade de Mantorras, ufff... Já sabemos que é garantida.

Bom, mas com estes jogadores deixo-vos aquele que deverá ser o 11 tipo:

Moreira.
Maxi, Luisão, David Luiz, Schaffer.
Javi Garcia.
Amorim, Aimar, Di Maria.
Saviola e Cardozo.

O Ruben deverá ser titular enquanto o Ramires não estiver totalmente entrosado e o Di Maria deverá permutar muito com o Fábio Coentrão.
O Carlos Martins pode fazer tanto o lugar do Ruben como o do Aimar.
O Nuno Gomes será sempre opção para fazer companhia ao Cardozo, da mesma forma que o Weldon pode ser usado como arma quando for necessária velocidade.
Temos bons centrais suplentes.

Este ano vamos dar luta.

E porque hoje (já) é Domingo...

Estou a sentir não só uma enorme realização profissional, como me considero um privilegiado.

Mas vamos por partes:

Primeiro houve o "The Office", escrito por Stephen Merchant e Ricky Gervais.

Depois, com os mesmos homens ao leme, veio A fabulosa série cómica "Extras", fina flor entre a exigente excelência da comédia britânica de todos os tempos.



São 12 episódios repartidos por duas séries de 6, que acompanham a subida ao estrelato de um "rapaz" solteiro de 46 anos chamado Andy Millman.
Millman é um homem normal, dotado de bastante senso comum e que deseja vencer no mundo do espectáculo, perseguindo a sua visão de criar e interpretar uma série cómica.
A série começa com Andy Millman a fazer papéis de figurante em diversos filmes para cinema e televisão.
O problema de Andy é que ele parece ser a única pessoa normal do mundo, visto estar rodeado de perfeitos idiotas. E é neste contexto que actores e actrizes de calibre como Ian Mckellen, Patrick Stewart, Kate Winslet, Orlando Bloom, Ben Stiller e muitos outros interpretam-se a si mesmos na vida real... Fazendo todos figura de perfeitos idiotas.

Aqui vai um pequeno excerto, no qual Millman tenta vender a sua ideia para uma Sitcom ao "verdadeiro" Patrick Stewart.



Delicioso, não é? Percebo que a princípio possa ser difícil perceber o que eles dizem, dado o carregado sotaque inglês; mas é aí que entra a realização profissional, porque estou só a traduzir e legendar uma das minhas séries favoritas.

Desde os trabalhos que fiz na série MASH que não sentia uma satisfação destas.

Procurem por mim na Fox.

E só mais uma coisinha hoje sobre futebol

Anda para aí muita especulação à volta do Luisão.
Não sabemos se fica, se vai, se está triste ou contente no Benfica.

Infelizmente, anda por aí muito Benfiquista com memória de peixe a quem eu gostaria de relembrar quem e o que é o Luisão no Sport Lisboa e Benfica:

-É o nosso capitão, um líder de balneário, o nosso central com mais experiência, que compensa a falta de velocidade e elegância com uma rara capacidade de leitura de jogo e capacidade tanto de transmitir motivação como serenidade ao resto da equipa. Precisamos dele.

E, já agora, eu não me esqueço disto:

PS: Andei à procura de fotos do Luisão na Net, e lá encontrei uma para a minha colecção especial.

Quem pensou em polegares ao alto ganhou a aposta. Aliás, vou começar a adicionar cada uma das fotos de polegares ao post original sobre o assunto; passa a ser uma espécie de caderneta, ok?


Benfica - Portsmouth





4-0


Agora, vamos falemos um pouco sobre o ano passado.

No ano passado, havia dois construtores do jogo do Benfica. Eram Quim e Luisão.



Qualquer jogo do Benfica era mais ou menos assim:

Pontapé de baliza convertido por Quim; a bola andava a saltitar de cabeça em canela até chegar aos pés de Luisão; Luisão bombeava a bola, o que gerava um contra-ataque da equipa adversária. Dava em pontapé de baliza para o Benfica, que Quim voltava a converter.

O que se vê nesta equipa de Jesus (o treinador) é futebol apoiado, movimentações constantes e acima de tudo, objectividade na construção ofensiva do jogo. A objectividade que substituiu a precipitação atacante a que assistimos no ano passado.

Dá gozo ver o Benfica a utilizar toda a largura do campo, com os laterais e os avançados a criarem movimentos de ruptura; movimentos que são aproveitados pelos centro-campistas para criarem passes de ruptura. Até parece que é fácil.

Claro, já sei. Ganhámos por 4-0 porque o adversário era fácil, não jogava nada e por aí fora. Todos sabemos que o Benfica nunca ganha com mérito, por isso, porquê insistir?
Talvez porque desta vez estamos a jogar à bola, porra! E aposto que o máximo que o Benfica do ano passado arrancava a este mesmo Portsmouth era um confrangedor 0-0 após exibição sofrível... e sofrida.

Jesus (o treinador) opta invariavelmente por fazer o que está certo:

-Coloca Aimar a jogar na sua posição. E, surpresa das surpresas, o Aimar sabe jogar à bola.



-Di Maria tem um rendimento inconstante, mas está sujeito a resolver um jogo. Jesus (o treinador) pôs o puto ranhoso a jogar mais para a equipa; a prová-lo, as duas assistências para golo no jogo de hoje.


-O ano passado, o Suazo é que era bom. Corria que se fartava, dava uma trabalheira enorme às defesas contrárias e marcou quatro golos no campeonato do ano passado. O pobre do seu substituito, Óscar Cardozo, marcou apenas 17.
Jesus (o treinador) decidiu dar uma última hipótese ao pouco influente gigante paraguaio e não é que, surpresa das surpresas, marcou mais dois golos. E não é que o lento, pesadão e inútil Óscar afinal é um jogador com visão de jogo e de uma finíssima inteligência para a coisa?



-Há uma palavra para definir David Luiz nesta pré-época: Classe.
Hoje, Jesus (o treinador) pô-lo a jogar a lateral esquerdo. Não temam, caros benfiquistas, a razão é simples. O Sidnei tem de rodar, o Sepsi já se foi e o Schaffer vai jogar amanhã com o Guimarães.



-Só há uma coisa que me deixa preocupado; a lesão do grande lutador, Maxi Pereira. Exemplo de profissionalismo e dedicação, talvez tenha sofrido pela carga excessiva de jogos que tem feito. Mas quem é que pode negar-lhe a presença em campo? O homem é uma máquina.
A lesão de hoje cheira-me ao pior, pode ter sido uma rotura num dos ligamentos cruzados do joelho. Mas isso nem o nosso treinador pode impedir, uma vez que se trata apenas de Jesus... o treinador.
Que não seja grave, grande Maxi. Tu és um dos pilares da equipa.


E viva o Benfica!