Talvez tenha visto muitos filmes de terror

A "Missão Paula Rêgo" não terminará por aqui, mas para já posso dizer o seguinte:


nada.


Ok, pronto. Talvez isto:
"Pinto para dar uma face ao medo", terá dito Paula Rêgo.

Após a fotografia em baixo, não lhe podiam ter dito "Deixe estar, que agora já não é preciso"?

Xiii, pá...

Mais uns "snacks" de Rufus.
É tão bom redescobrir canções...

Só espero que gostem tanto quanto eu.

I Don't Know what it is


14th Street

This Love Affair

E agora, para mudar de assunto...

... Música.

Algo mais que vos aconselho a procurar e a conhecer.



Tratam-se dos Flight of the Conchords, uma banda neo-zelandesa constituida por Jemaine Clement e Bret McKenzie, cujo estilo de música é...

Bom, o melhor é ouvirem. Felizmente encontrei estes videos legendados. São abrasileirados, mas muito próximos do que eles dizem na realidade.
Por acaso pensei em legendá-los eu, mas isso era trabalho para aquecer.

Enfim, aqui estão:

The Humans Are Dead:




Jenny:

Ainda a música - Um especial sobre Rufus Wainwright

Caros blogoespectadores, vivemos num mundo de asfixia criativa - reparem como a frase atrás é eficaz - agora que se fala muito da asfixia democrática. Basta dizer "asfixia" e a seguir, outra coisa qualquer, que percebemos logo do que é que o outro está a falar.

Voltando, vivemos em tempo de asfixia criativa; tudo quanto é entretenimento ou arte, como a música, o cinema ou a televisão, são prisioneiros de fórmulas.

Pensem lá comigo; os filmes de Hollywood têm 90 minutos. Durante esse tempo, o herói não quer entrar em acção até que o mau mata o melhor amigo dele. Então, o herói parte numa senda de vingança onde, pelo caminho, encontra a sua cara-metade. Faz amor com ela no fim do segundo acto e passa o terceiro acto a lutar e a vencer o vilão.

Este foi apenas um exemplo, mas já repararam como os filmes podem ser e são catalogados?
"Ah, é um filme de acção."
Ou então, "é uma comédia romântica."
"Terror."
Etc, etc.

Eu sei, sempre houve uma classificação para os filmes e, mal ou bem, sempre houve uma fórmula mais ou menos delineada.

O problema é que hoje em dia não se arrisca nada. Não há um produtor com os tomates no sítio que diga "Vou arriscar no teu projecto, parece inovador."

É por isso que, e chamem-me saudosista se quiserem, eu prefiro o cinema antigo. O cinema que nos ofereceu realizadores como George Lucas, Francis Ford Coppola, Brian DePalma, Martin Scorcese, Ridley Scott, Steven Spielberg e acima de todos, Stanley Kubrick.

Já repararam que não há novos realizadores hoje em dia? E porquê? Porque não são realizadores, são executantes da fórmula. Não lhes é permitido colocarem o seu cunho pessoal nos filmes que fazem e, como tal, não sobressaem.

Honrosas excepções?

Guy Ritchie e o inevitável Quentin Tarantino.
São inovadores, fazem os filmes à sua maneira e, por isso, Hollywood olha para eles de soslaio.

E a música? Pelo menos a música é mais abrangente. Se não está a passar hip-hop na Mtv, está a passar rap. Ou vice-versa. Rap e hip-hop, hip-hop e rap. Razão? Os produtores de música, tal como os do cinema, conhecem uma fórmula que sabem render-lhes um dinheirinho certo e seguem-na à risca. Para quê arriscarem em coisas novas?

Pronto, para ser justo, não é só hip hop e rap. Também há raparigas a cantar com as mamas quase de fora: Britney Spears, Cristina Aguilera, Shakira, Jennifer Lopez, Beyoncé, etc.
E atenção, mamas de fora é uma coisa saudável; mas como elas apenas têm as mamas quase de fora e no fundo, não cantam nem dizem nada de jeito, mais valia estarem sossegadas.

Voltando ao mesmo, por que razão acham que bandas inovadoras e distintas como Led Zeppelin, Pink Floyd, The Police, Marillion, Genesis, New Order, Metallica, Iron Maiden e os fabulosos Queen... Sejam todos do século passado?
Digam-me uma banda que tenha aparecido depois do ano 2000, ou mesmo depois de 1990, que tenha "partido o molde" e apresentado algo completamente inovador.

Pois é, não há. Ou melhor, elas existem mas não têm tempo de antena.

Por isso, é preciso procurar. É preciso meter as mãos no fundo do caixote e remexer até aparecer aquela diferença que mexe connosco e que nos faz apreciar coisas novas.

Foi assim que encontrei Rufus Wainwright.



Rufus Wainwright que, modéstia à parte *ahem*, conheci pessoalmente.
Estava eu mais a minha mulher no Galeto a jantar, depois de termos ido ao concerto dele no Coliseu, quando de repente a minha esposa fixa o olhar em alguém fora do meu campo de visão.

Perguntei-lhe a brincar:

- O que foi? Até parece que viste o Rufus.
- Olha, por acaso, estou a ver.

Quando ele passou por nós, dada a vergonha da minha mulher, interpelei-o:

-Hey, Rufus. Great show, man.
-Oh, thank you very much.

Rapaz simpático. Lá demos dois dedos de conversa até que eles se foram sentar. Pouco depois, vieram ter connosco para os ajudarmos a escolher o jantar, porque não faziam ideia de quais eram os pratos que estavam na ementa.
Foi giro. Pronto, para a minha esposa foi fabuloso.

Bom, agora que já me gabei à brava, voltemos a falar do Rufus propriamente dito:

É, na minha opinião, o melhor compositor e intérprete da sua geração. É um génio brilhante, que mistura nas suas músicas elementos como pop, rock, folk e música clássica. E o resultado não é uma salganhada: é música bonita e diferente, com marca de autor, da qual vos convido a ouvir três excertos:

Beautiful Child:



April Fools:



e o belo de arrepiar, Dinner at Eight:



Nota 1: para as senhoras potencialmente interessadas, e caso ainda não tenham percebido; o homem é irremediavelmente gay.

Nota 2: Já que se fala em gays... pronto, MM, os U2 também foram inovadores, vá.

Arte

A arte é subjectiva, tal como o meu blogue.
Mas nem sempre o é, porque há coisas de beleza indiscutível:
agora que o mote está dado e já que estamos a falar de génios, permitam-me introduzir o nome (e a cara) de Ludwig Van Beethoven.



Caso subsistam dúvidas, estou a exaltar o génio do Ludwig Van, essa espécie de "Elvis do piano", não o do gajo que pintou o quadro. Esse, munido dum audaz mau gosto, pintou o Ludwig na pose de mijar contra a parede; ainda por cima e ao contrário do sugerido na pintura, consta que Ludwig era um rapaz bom e bonacheirão, sempre pronto para a brincadeira.

Ou talvez esse fosse o Mozart.

Bom, só sei que o Ludwig não lançou nenhum dos seus álbuns com este retrato e o que interessa agora são os dois pontos altos na carreira de LVB:

primeiro, foi o herói de infância de Alex DeLarge, o psicopata, personagem principal do filme "A Laranja Mecânica".



segundo, depois de começar a ficar surdo, compôs uma das mais belas peças de música que já ouvi, Quasi una Fantasia.

Carreguem no "play" e fechem os olhos.
Façam-no num momento de calma e quietude.
Verão que não vos enganei.

Mondscheinsonate (santinho):

Heat

Com este calor não apetece fazer nada.
Aqui estamos nós, a 25 de Setembro, o Verão está oficialmente acabado e...

Pumba, onda de calor; toma lá "fresquinho", se me perdoam o trocadilho.

Fiz uma pesquisa no google para postar aqui uma imagem que representasse calor e, claro, saiu isto:



Grande filme. Já o viram? É um grande filme.
Este grande filme tem como protagonistas os melhores actores de todos os tempos, por esta ordem: Al Pacino e Robert De Niro.

É um grande filme. Gostava de vos dizer mais, mas adormeci a meio.

Momento Rui Santos

O título desta crónica, além da habitual reflexão a que vos obrigo dada a qualidade do material seleccionado, merecerá ou não um daqueles cabeçalhos "à Euronews", tipo, sei lá...

"No Comments" ?



Digam-me vocês.

MAME!

Suponho que vós, que lestes o título, já estais a pensar "lá vem este gajo com porcarias, e mais não sei o quê".

Ao contrário do que possam supor, não se trata de uma ordem.

Trata-se do M.A.M.E.



Multiple Arcade Machine Emulator - Em poucas linhas, trata-se de um projecto que permite jogarmos no PC os antigos jogos das máquinas - aquelas em que metíamos 25 paus, depois 50 e mais tarde 100 para pegarmos no joystick.
"Arranjei" a última colecção de Roms e agora vou divertir-me um pouco.

Ah, e sabem o que é que o vosso ilustre andou a traduzir e legendar nos últimos dias?
A série mais forte e "macho-man" dos anos 80, Miami Vice.

E digo-o sem ponta de ironia; só para perceberem como os tempos, de facto, mudam:


Voltei...

...à guitarra clássica.



Só para desenjoar dos "feedbacks" e para não perturbar a vizinhança com os meus "bends" altos e desafinados. E para dar descanso à pedaleira. E ao amplificador. E aos meus ouvidos. E etc, etc.

Tenho duas músicas sublimes a zoarem-me na cabeça.
A primeira, por enquanto, não me atrevo a tentar tocar. A segunda, estou de momento a "apanhá-la", é mais ou menos assim:

Tlim, tlim, tlim-tlão
tlim-tim-tim, tlim-tão
tlim-tlim, tlim-tão
tlim-tlim-tlim-tim, tlim-tão
tlim-tlim-tlim-tlim-tlim-tim-tim
tlim-tim-tlim,tlim-tão

"It´s a mystery to me, the game commences..."
Ah, se vocês me pudessem ouvir!

Mas como não podem (porque eu não me atrevo),
desfrutai das versões originais.

Isto é boa música, minha gente.

Scarborough Fair





Private Investigations

Se era para isto...

Mais valia estar calado.

Estive a ver o blog do MM e o do Joshua, e ambos assinalaram a passagem do 11 de Setembro.
Ocorreu-me que quando os terroristas desviaram os aviões, os americanos deviam ter desviado as torres.