Não quero fazer qualquer tipo de comparação com a enfermidade.
Não é de agora que me sinto amorfo, estático, sem vitalidade - o mundo corre à minha volta e eu, na minha cadeira, observo-o com o olhar de quem vê pela segunda vez um filme do qual não gostou - e que fecha os olhos nas partes piores.
Deve ser por causa da passagem do tempo. A minha infância morreu há três anos.
E ainda não ultrapassei o processo de luto.
Tanto tempo a remar contra a maré tornou-me passivo, amorfo, tudo o que já disse antes e ainda ocasionalmente mau.
A máquina existe, meus amigos: eu decidi lutar contra ela. E a máquina deixou-me ko.
Creio que este texto de pensamentos aparentemente soltos mas intimamente ligados cumpriu parte da sua função. Aqui o je começa a querer racionalizar e a pôr por ordem aquilo que o aflige, mas uma coisa é certa, minha gente.
Há muito tempo que ouço a expressão "a ignorância é uma benção."
Quem me dera os tempos da ignorância.
Quanto à máquina... A história ainda não acabou.
Paralisia Cerebral
Posted by Quantum at 4/02/2009 04:13:00 da tarde
Labels: Eu
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